sábado, 7 de janeiro de 2012

VARIAS




CADEIAS



PEGO   TEU  CORPO
SUMO   NUM  SORVO
I
N
T
O N D A S
O N D A I
O N D A N
O N D A T
O N D A O L H O S
O N D A O L H O I
O N D A O L H O N
O N D A O L H O T
O N D A O L H O O N D E
O N D A O L H O O N E
O N D A O L H O O N V
O N D A O L H O O T O C A R
O N D A O L H O O T O C A E
O N D A O L H O O T O C A T
O N D A O L H O O T O C A E
OPROC    UET     REHLOCER
N                                           O
D                                           M
EXPANDO  MEU  ETERNO A




GOTAS





Gotas indo,
C
  A
     I
       N
          D
              O...
Gotas vindo,
SAINDO...
Gotas,
Poças de lágrimas rotas,
EsvaI
         N
            D
               O ...
Gotas de Porcelana
SOLTAS...







JARDINSPIRAÇÃO


Cada rosa é um signo mutante.
Cada espaço de verde cor desse jardim,
Uma obra prima.
Em cada cheiro-espinho,
A certeza da contradição.
Enquanto eu, segurando a rosa-inspiração
Com os pés na terra-céu
Comprometida com o sendo esparso
Cabeça no sonho do poeta,
                                              Ponte do futuro...





DEVOÇÕES/CILADAS

TRAÇO UM OLHAR NO ESPAÇO
OLHOS VIDENTES, VENDAS DIFERENTES,
VEJO VIVENTES, VIDASIMPLESMENTE.
AMANHEÇO O TERÇO, ALGO ESQUEÇO.
FAÇO DEVOÇÕES, CURO ARRANHÕES,
FICAM AS FERIDAS PROFUNDAS.
CLAMO RESULTADOS, CANTO SALMOS E FADOS.
AMO O INESGOTÁVEL, O ETERNO
ANDO PELO MUNDO, CIDADES.
ENVEREDO-ME NO PROFUNDO, CILADAS.
ACORDADA EM AÇÕES,
VIVENDO,
VEZES, MORRENDO




GOLE MOLHADO

As estampas do mundo
Estão na tua cara.
Assaltos, seqüestros, homicídios.
Loucuras, (in) conseqüências dessa (des) humanidade.
Tudo tão bem forjado
Por uma arte sombria.
Há oficinas de guerras
Vantajosas esquinas de tréguas.
Há governos ilegítimos,
Ditando regras injustas.
Molham, com lágrimas, os poetas,
As telas da vida
Nosso olhar vê além da gravura.
Bebam nosso sangue!





DELÍRIO CÔNICO


Uma chuva de momento,
Beirando a ilusão.
Espaços azuis reticentes,
Escorrendo em fios de mel jasmim.
Visões profundas, delírios,
Volvendo de um ataúde,
Feito céu cinzento  e contido
Em álamos de sedação.
Fronhas rendadas, (in) clementes
Cosendo um transparente véu líquido.
Na pele, arrepios frios
De uma qualquer atitude e/ou
Falta de atitude,
Não deliberante, revoltante.



GOTEJANTES


Vivo de amargos contínuos,
Consumindo meu tempo, meus ritmos íntimos.
Setas homicidas a me transtornarem
Seres nocivos a me rodearem
Em umum instante sorrio,
Em mil horas, angustio-me
E assim vou sub-vivendo,
Sem que me enxerguem como eu sou
Marginalizada pelos astutos cotidianos.

(...)

Vejo ninhos invisíveis,
Vazias células a me (de) formar.
Pontes vagas, vertigens,
Selos escuros e solenes
A me (in) formar.
Vejo o leite derramado,
Imprudentemente,
Das sagradas jarras de porcelana.
Derroto veias
Em um estrondo interno, irreversível.
Desfaço-me,
Implodida no caos do nada
Que me ceifa em cada lama de meu toar/tear
De essência desbotada.
Quisera que meu corpo ruísse,
Tal qual minha alma
Erondindo em cada angústia e lágrima,
Marrom...

(...)

Nada em nada cabe em túmulo.
Nada em nada compõe vazio múltiplo
De nada dividido por nada
Subtraído de tudo.

(...)

Há um estalo,
Há um estalo  estrondo gigantesco
Sinceridades perdidas,
Sinceridades perdidas  lívidas
Sentidas no enxofre do lírio
Quieto e suave
Que R
           O   A   E
              L         D
                              E 
                                   I 
                                      T 
                                          A....

(...)

Sou do vento,
Passo pelos momentos
Sem deixar sequer meu nome.
Apenas SOU.
Não sei ficar.
Sempre de passagem estou,
Queria tanto permanecer e apenas descansar...

(...)

Não sei, veio-me um pensar.
Passei entre mortes
Tive sensações quase fora daqui
Tive emoções quase dentro daqui

(...)

“Parece que a cada gesto errôneo, retiram-nos os poucos dons que possuíamos.”

(...)

Minha pele possui
Imagens do mundo
Em cada poro.
Uma vida,
                  Uma ferida
                                     maculada
Pelas rotativas

E                         ES    DO  H   M   M
   X                  Õ                     E   E
      P             Ç
        L        A
           O  R


M. 

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