Meus
Códigos estão aí, abertos/expostos, quem tenha “olhos” que os leia. Não há
muito que se esforçar, são fáceis de decifrar. Pauto-me, entre outros, pela
honestidade e, por assim eu ser, deparo-me com pessoas que não honram a palavra
dada, que não honram seus compromissos quando tenho que, arduamente, exercitar
minha tolerância afinal, ninguém consegue entregar além daquilo que ousou ser.
Oriento-me,
implacavelmente, pela gentileza e, por assim eu ser, encontro pessoas que não
conhecem a doce Lei da Simplicidade. Tantas pessoas que não conseguem retribuir
um sorriso de alma, um carinho de lux, um simples cumprimento. São pessoas
estranhas que, ao que parece, deixaram-se enrijecer pelos aços da vida, pois
não souberam preservar a doce maleabilidade de apenas abraçar, se mostrar sem
nada temer. Outras são pessoas que se deixaram sufocar, atropelar, transigir,
fechando-se em seus processos de casulo/borboleta, centrando-se em si mesmas,
deixando passar a poesia que meu coração aquiliano lhes entrega, deixando
escorrer as infinitas bençãos que o UNI-VERSO lhes presenteia.
Talvez, também sejam pessoas tão somente atropeladas pelo seu cotidiano em
branco e preto, matizado de cinzas tons, sequer se enxergam, quiçá enxergam a
mim. Digo: pensam saber-se, mas tudo que sabem é o de seu reflexo ilusório no
embaçado espelho de seu existir. Há que exercitar a paz-ciência e tolerância e
aceita-las como são, cientes de que muito pó há ainda para engolirem nos longos
caminhos de aeons de encarnações.
Não
há como não exercer a coerência entre o pensar,
falar, sentir e agir, o que conduz a uma determinação e transparência que incomoda e
aflige por demais tantas pessoas a ponto de me tacharem de inflexível e
radical. Não posso e nem desejo fugir de quem "Eu Sou" (não está em
minha natureza transigir), estou sempre em busca através
do invisível, observando, incansavelmente, a mim mesma, em uma caçada aos
meus escuros (defeitos), em um estado constante de ‘guerra’ contra meu ego, bem
como contra ilusões e manipulações externas, conceitos e dogmas e noções
errôneas, forjados e espalhados pelas esquinas como verdades bíblicas,
empiristas e absolutas, por meio de seitas, religiões e orientações limitando a
verdade, por exemplo, a uma mera e falsa dualidade yin/yang, a uma
fragmentariedade que não se sustenta, a um falso moralismo e hipocrisia
tornando cada vez mais medíocres os seres ditos humanos. Sim, inexoravelmente, observo-me em predação às densidades
que ainda me ocupam espaço dentro e ao redor, assim torno-me melhor e posso
servir com maior eficácia.
Pena
que tantas pessoas se deixaram levar por um teoricismo acadêmico e artificial,
mantendo-se em cima do muro, sem ter o mínimo de coragem para se posicionarem e
revelarem ao mundo e à humanidade e a si mesmas, nas suas mais
íntimas luzes e sombras. Assumem um viver asséptico, regado de eufemismos
e um dizer que não me convence. Arrastam-se por aí, quando poderiam estar
voando. Outras, produtos de uma reificação, como que reses a serem engordadas
para depois serem sacrificadas e oferecidas em banquetesombrios.
Simples
são minhas codificações, resumidas pelo AMOR ao Serviço, pela coerência e por
assim ser, não há como maquiar-me de uma face que não me é, manter-me asséptica
sem me posicionar, em um diálogo hipócrita, academicista e superficial.
Aprendi, desde cedo, a me enxergar sem concessões e auto complacências, sem
máscaras. Afinal, não morremos quando nos deparamos com nossas misérias
interiores. Ao revés, é quando mais intensamente cometemos o real sentido da
vida em nós, posto que, conscientes do muito que ainda há para ser trilhado,
nos determinarmos a não perder nosso tempespaço com manutenções de máscaras,
trajes, falsas verdades, ideologias e falsas personagens de nós mesmos,
com vãs idéias e conceitos distorcidos.
Porém,
o que observo neste nosso mundo atual, é que a mediocridade se alastra como uma
peste contagiosa, obnubilando consciências, tornando seres essencialmente
de lux em meros títeres sob o controle daqueles que, há séculos, outorgaram-se
o poderio de donos e senhores desta pequena célula que é o nosso mundo.
A
todos é oferecido o cálice da ascenção e todas as diretrizes para servirem,
incondicionalmente, ao propósito divino. Muitos já estão completamente inteiros
em suas missões, com seus códigos abertos e acessados, silenciosa e
solitariamente, trabalhando pela restauração do Plano Divino, em um sacerdócio
de ancoragem e irradiação que prima pela coerência, disciplina,
determinação e amor. Estes muitos pairam por sobre movediças areias e insidias,
cientes que todos os sintomas atuais sinalizam para uma crise que
comprova que as sombras não mais estão conseguindo se sustentar,
daí estarem, desesperadamente, espalhando o caos da ilusão pela
manipulação da mediocridade, 'pastoreando' numerosa manada inconsciente em
direção ao abismo. Mas, a Humanidade se alforriará. Isto é
inevitável. A nós, resta-nos mantermo-nos inteiros em nossos princípios e
ações, acesos em nossas chamas, aguardando o Grande Despertar, observando, servindo,
amando... aguardando...
M.
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