Beber
Da fonte cristalina toda a luminosidade que ela derrama
E graciosamente nos oferece.
Saciar,
A sede ancestral dos Serafins
Que solenemente guardam o Uni-Verso.
Restar
Um pouco do mais de si,
Aportando na nítida espiral que se espraia
Na constelação de Perseu.
Derramar
Umantiga paz
Que dentro dos aeons
Nunca se desfez.
Inundar
De flores os desertos internos
Que brotam das dores não transmutadas.
Recolher
Da nua esquina toda a periculosidade que ela declama.
Avaliar
As rendas em tecido artificial e seus fins
Que sorrateiramente são utilizados em anversos.
Proclamar
As ladainhas dos colibris
Dançando ritmados na nau de Gaia
Doce e suave como camafeu.
Outorgar
Uma magna carta audaz
Capaz de atravessar invisíveis tons e sons
Libertando o ser/vil do xadrez.
Olvidar
Dores e temores e infernos
Revolvendo a alma que se lava em pura água.
M. 
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