sábado, 10 de dezembro de 2011

Nostalgia Calma


Madrugada molhada e silenciosa. Há uma melancolia, uma quase nostalgia. Qual a razão desta tristeza que me invade? Que me arrebata e me faz ‘quase vivenciar’ sensações antigas, dores antigas, saudades antigas, portas fechadas Que me trazem rumores sintomáticos e fazem escorrer, novamente, velho sangue pelos velhos sulcos de minha alma? Como esta sensação de uma dor ‘quase tranquila’ vem e me chega e me despe/veste de fragrâncias milenares? 
Minhas retinas como que, invisivelmente, recuperam visões intangíveis. Sou ser de inúmeras esferas presasoltas em movimentos orbitais. Antigos planetas, já extintos. Sóis tantos, tantas vidas. Traços de exílio e mansa tristeza  persistem em me chegar quando me deparo diante de códigos que eu mesma elaborei para que me ‘sensibilizassem’. 
Rotas, minuciosamente, traçadas para que eu me mantenha completa e vazia ao mesmo tempo. Vence o meu sono e cansaço a madrugada. Visõesensações ancestrais me invadem. Olho-me em meu coração. Ele sabe do eterno/sempre. Nele fabrico minhas mais equânimes sedações. É onde a alma caminha e onde o ‘poeta’ se define. Traços que comporão minha iluminação. Insone, atravesso a noite que me presenteará com mais um amanhecer. Tem vasto tapete para ser tecido pelos tênues fios de minha teiaquiliana. Ergo meu olhar para dentro de mim mesma. Respiro profundamente. Minha’lma pousa um calmo sorriso em meus lábios. Estou inteira.                                
                                                                         M. 
                                                                                                                          

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