sábado, 10 de dezembro de 2011

Acerca do Texto “Uniões de Almas-Gêmeas: Corpo, Alma e Espírito, na Nova Terra da Quinta Dimensão Arcanjo Miguel através de Celia Fenn”


Aqui, ingressa na quarta dimensão deste corpo/Terra, reflito sobre informações que nos chegam, ditas canalizadas, dos grandes mestres e, neste caso em particular, do Bem Amado Arcanjo Miguel.


Texto que trata de relacionamentos amorosos entre almas gêmeas como uma das maiores dádivas da quinta dimensão. Que entende ser mister deixar ir os relacionamentos de terceira dimensão, mudando, completamente para as uniões de quinta dimensão.  Prossegue o texto ‘canalizado’ afirmando que nossa alma gêmea não é nenhuma pessoa em particular, pois, existem muitas pessoas que poderiam oferecer padrões de alma compatíveis com as nossas, já que a chave é a compatibilidade de alma ou compatibilidade energética nas Dimensões Superiores (compatibilidade harmônica de luz e som em acorde o suficiente para haver o potencial para que as duas almas se fundam completamente e formem uma União de Chama Gêmea). Então, para o referido texto, há várias ‘pessoas’ com potencial parceiro de alma-gêmea. Ao tratar do “Papel do Sexo Sagrado nas Almas Gêmeas”, estabelece o texto uma compreensão dualista/absoluta onde a “união física do casal” é tida como “ato sagrado no qual as energias do masculino e feminino, ou yin e yang, são trazidas para uma harmonia amorosa e de êxtase”, devendo pois, ser previamente estabelecido sobre que tipo de energia será ativada por cada parceiro na relação. 


Diz o texto: “Idealmente, o homem ativará a energia Yang do Divino Masculino, ou Deus, e a mulher ativará a energia do Divino Feminino ou Deusa. Sua união será então uma harmônica equilibrada do Yin e do Yang”, podendo haver relacionamentos onde a mulher escolherá ser a energia yang, e o homem solicitará a energia feminina ou Yin. Também, “nas uniões homossexuais ou lésbicas, os parceiros deverão decidir quem ativará uma energia em particular a fim de criarem a união das energias Yin e Yang que criarão o caminho para as Dimensões Superiores”.

Ou seja, segundo a canalização, para a União Amorosa e o Ritual Sagrado de Realização deste amor, será necessário estabelecer-se, dicotomicamente, dois padrões energéticos, um padrão yin (princípio feminino onde a energia feminina rende-se à liderança ativa do princípio masculino) e outro padrão yang. Sendo este o ajuste necessário para permitir o fluxo da energia harmônica equilibrada dos Níveis Superiores que cria milagres entre as duas pessoas. Assim afirma o texto: “Quando o Feminino rende-se à liderança ativa do Masculino, a Ordem Divina é estabelecida. A Graça Divina pode então fluir”.

Ora, sem desmerecer o mérito de referido texto já que consegue ir além da ideologia dominante, indaga-se:
- Sendo Deus PERFEIÇÃO, caberia em sua manifestação noções fragmentárias e dicotômicas? Caberia em DEUS, e.g.:,  a noção de Yin e Yang ou apenas em dimensões menos hierarquizadas, como a terceira e, muito provavelmente, muitas outras (têm-se conhecimento de que até a décima-terceira dimensão), são mantidos conceitos dicotômicos de Yin e Yang?

Minha presença EU SOU, assim me elucida: São ilusórios e frutos de meras aparências de mundos inferiores, os princípios passivo/feminino e ativo/masculino. Tais princípios não são compreendidos como duas noções separadas e dicotômicas, trazendo, cada expressão co-criada e em si criadora (cada ser), a predisposição, quase que atávica, à manifestação externa e interna de apenas um destes dois princípios em si. Em verdade, não existem estes dois princípios separadamente (Yin x Yang), mas tão somente UM PRINCÍPIO: A LUX (DEUS) EM SUA MANIFESTAÇÃOCRIATIVA QUE É O AMOR. Porém, ainda distantes da TOTALIDADE, e ainda incapazes de compreender a ESSÊNCIA DIVINA que é nossa VERDADE CÓSMICA, apenas conseguimos, e diga-se até em dimensões bem mais elevadas que esta que nos encontramos, projetar distorcidamente, a TOTALIDADE em conceitos dicotômicos. 


Remeto-me ao texto narrado por Sócrates no início do Livro II da República (Mito da Caverna de Platão), onde os prisioneiros, acorrentados, desde o seu nascimento, em uma caverna, criam como verdades, como seu mundo real tão somente as sombras projetadas na parede diante deles. Relembrando que as sombras eram criadas pelo reflexo de uma fogueira que ardia atrás e mais acima dos mesmos. Por certo, todo o conhecimento dos prisioneiros se reduzia às sombras e, para eles, elas eram toda a realidade existente. Certa vez, um dos prisioneiros conseguiu se soltar dos grilhões, galgou os degraus até a fogueira, continuou, alcançando a entrada da caverna onde encontrou a esplendorosa LUZ do dia, brilho intenso que o cegou, temporareamente, posto seus olhos estarem acostumados a enxergar tão somente na escuridão. Aos poucos, adequando sua visão a intensa LUZ, o prisioneiro começou a ver seu próprio reflexo na água, a vegetação, o relevo e, o CÉU (Sol Lua e Estrelas).

Assim, tomado de comiseração pelos seus ex-colegas presos no fundo daquela caverna, ele se sentiu no dever de descer de novo até lá e chamá-los. Mas o que aconteceu foi que os habitantes da caverna não queriam sair, e o prisioneiro correu mesmo o risco de morrer por querer apontar o caminho da luz.

Eis o que realmente ocorre a cada um de nós. Ou nos acomodamos a enxergar tão somente projeções grosseiras e ilusórias dos princípios que regem nossos UNIVERSOS, ou em ascese álmica, entramos em contato direto e intenso com nossa DIVINA PRESENÇA EU SOU e, aos poucos, adequando nossos olhos à tão intensa LUZ do discernimento, passamos a compreender que não existem noções duais, como, e.g., o princípio ativo/masculino e o princípio passivo/feminino (observem que tais noções já trazem em si ‘pre-concebimentos). Que a VERDADE não é fragmentada e muito menos dicotômica, onde cada ser deve escolher, vida após vida, em qual princípio dual ira se manifestar.

Eu me libertei dos grilhões, venci os fantasmas produzidos pela chama da fogueira, morri-me, muitas vezes, nesta ascese solitária em busca do CONHECIMENTO e ainda continuo nesta ascese dialética. Angustiei-me ao incursionar no desconhecido e aterrador ‘mundo novo’, mas alcancei a entrada da caverna e, compreendi que não existem conceituações dualistas, que elas não se mantém por si só dentro do conceito maior que nos permeia. Em verdade, Yin Yang são meros frutos da projeção da luz divina sobre os nossos precários anteparos. Aprendi que SOMOS TODOS UM/INTEIRO. Aprendi que não há o princípio ativo/masculino como não há o princípio/passivo feminino. Estes são apenas meras sombras forjadas pela ‘fogueira’ ilusória que se encontra atrás e acima de nós, fogueira esta que cremos ser o Grande Sol Central. Também compreendi que, exatamente por sermos TODOS UM EM DEUS, por dele termos sido CRIADOS e MANIFESTADORES DA CO-CRIAÇÃO há aéons através de nossa MÔNADA INICIAL, não existem, como expresso no texto, muitas pessoas com padrões necessários para serem nossa ALMA GÊMEA. Minha Alma Gêmea é exata e precisamente, o ser que foi gerado, simultâneo em mim e eu nele e que, após, por fruto de experienciação evolutiva de descendência nas esferas inferiores, foi dividido fruto de mitoses cósmicas. Minha alma gêmea e eu (NÓS), trazemos dentro de nós a TOTALIDADE, não precisando nos fixar em padrões comportamentais e estreitos, devendo um exercer o princípio ativo Yin e a outra o passivo Yang.

Por fim, concordando com o exposto no que se refere ao ATO SAGRADO do ‘sexo’ entre as chamas gêmeas bem como no portal de ascenção que nos proporciona ao nos elevar em êxtase, entrando em contato com o GARNDE SOL CENTRAL, bem como as propriedades rejuvenescedoras e ancoradoras deste ritual, finalizo o presente.


                                                                                                                            M.
                                                                                                                         

Nenhum comentário:

Postar um comentário