sexta-feira, 11 de maio de 2012

ASAS ACETINADAS


Minhas acesas/acetinadas mãos
acenam estrelas azuis em direção ao teu firmamento.
Teu olhar respira desejo de entrega,
Brilha, silencioso, em busca de minha ancestralidade.
Teu coração-pulsar navega pelas curvas retilíneas de tuas intensas emoções.
Trazes, em tua sedosa pele,
fragrância de suave jasmim... 
Familiar ao meu toque...
Teu corpo é ponto certo para o meu pouso,
tua’lma, abrigo perfeito para descansar minhAsas.
Teus ombros, seios, ventres, coxas,
alinhos desenhados pelo meu canto solar
que entôo, sussurrante, ao percorrer poros, pele, energia...
Costas, nuca, essências e magias...
Enquanto, sutilmente,
Deito meu corpo e me encaixo em tua poesia.
Tua boca recebe meu sabor
e bebemos de nossa ambrosia.
Farto banquete sagrado ofereço-te
Em todas as madrugadas de cheio luar.
Depois, adormeço-te para só retornar
quando, novamente,
meu zênite alcançar o teu nadir
e minhas asas sossegarem
Após longos e incansáveis vôos de além-(m)ar.
M





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