domingo, 13 de maio de 2012

VIDA VAZIA





Rápidos são os caminhos que nos ocultam de nós mesmos.
Fáceis, amplos, superficiais, planos e atonais.
Tantos andam, quando em verdade, estão a orbitar ao redor de si mesmos,
rastejando cada vez mais para longe do ponto de chegada.
Temperos e especiarias a alimentar seus egos que crescem,  inflam e lhes cegam.
Longos os caminhos (não seriam vôos?) que nos levam ao descortinar de nós mesmos.
Árduos, escorregadios, áridos, íngremes, polifônicos.
Ao observarmos a humanidade,
Deparamo-nos com um emaranhado de seres, percorrendo vias que só lhes afastam de suas verdadeiras faces.
Saltitantes, enredam-se na mentira de serem o centro de tudo, quando é o vazio que lhes preenche, é o vazio que lhes rodeia.
Iludidos, viciaram-se em crer que miragens são reais e os oásis são fartos, contínuos e intermináveis.
Que suas imagens distorcidas no espelho, caricaturadas de exageros e de farsas de boa gente, são seus puros reflexos.
Tolos!!!
Não se enxergam, não escutam suas essências agonizando sob o peso de toneladas de rochas que, inconsciente ou não, fizeram questão de soterrar.
Pior, não enxergam o ‘outro’,
Primam pelo egoísmo, hipocrisias filantrópicas, incoerências e inconsistências em seu ‘viver’.
Despertar?
Desistir da ilusória e farta vereda que lhes conduzirá ao abismo?
Como, se sequer acreditam na sagrada lei da causa e do efeito???
Estão por aí, ardendo suas veias em baladas vãs, esquecidos de que aqui estão para se defrontarem consigo mesmos, limpar sótãos e porões e abrir espaço para a evolução.
M. 

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