quarta-feira, 25 de julho de 2012

"ARQUIVOS ARQUEOLÓGICOS IV"



8.     MUROS INVISÍVEIS, CORTINAS


Morre-se a cada segundo
Em cada gota de riso
Em cada punhal arremessado
Em cada rubor maligno
Em cada tentativa rapínica
Em cada anulação de nós

Morre-se em cada inquietude
Em cada dor que sente o desamor
Morre-se em tudo
Pelo nada de todos

Morro por ti
Da cada morte
Nasço-me Vívida.
Vida ímpar
Sofrida, ferida
Repleta de máculas abrangentes
Diretiva a delinear
Um átomo da felicidade
Que nos mereça.



9.     TÓPICO


Sempre que sempre
                ou
Quase sempre
Contemplo o firmamento
                    e
O que percebo são estatísticas
              cintilantes
Na tentativa falha de clarear
O negro vazio.

M. 

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