terça-feira, 3 de julho de 2012

O CAMINHO PRESSUPÕE COERÊNCIA




Se há um assunto que sempre considerei da mais elevada importância é a questão da ‘COERÊNCIA’ e dele não posso me furtar, mesmo que tenha recebido instruções, desde julho deste ano, para acalmar minha natureza, evitando o combate direto contra as sombras... Ah... esta minha irreverência e determinação, este hábito de alçar vôos diretos e precisos, esta minha expressão azul elevada a quarta potência, na incessante lida em desmascarar  àqueles que se encontram por aí, inclusive em meios virtuais, passando e professando  idéias e posturas revestidas de uma falsa profunda epiritualidade, quando em verdade, são apenas instrumentos, conscientes ou não, de manipulação para o obscurecimento, fomentando, preconceitos, separatividades, distorcendo os princípios basilares e axiológicos que norteiam a ÉTICA CÓSMICA DO RESPEITO E HONRA AO UM (AMOR INCONDICIONAL), manipulando valores e conceitos imemoriais ao seu bel prazer e para sua própria benesse.

Foi-me dito, invisivelmente, para deixar o campo de batalha e tratar de trabalhar em silêncio, cuidar de expandir minha própria lux. Contudo, mister voltar a ‘bater’ na mesma tecla que sempre, sempre elegi como um dos pontos essenciais para definir os propósitos daqueles que, realmente, querem e servem à Lux Crística.

Coerência, algo raríssimo de se encontrar... conto nos dedos das mãos e ainda me sobram vários, aquelas pessoas que, verdadeiramente, exercitam a coerência (um dos princípios basilares da ética cósmica).

Mas o que significa, em verdade, Coerência? Define-se como qualidade, estado ou atitude de coerente. Ligação ou harmonia entre situações, acontecimentos ou ideais; relação harmoniosa, conexão, nexo, lógica, congruência.

Ora, nestes termos, Coerência nada mais é que a harmonia entre o sentir, pensar, falar e agir de uma pessoa, é a congruência exata, que não permite exceções, entre sentimento, pensamento, discurso e ação (práxis). Apenas as pessoas que não são afeitas à hipocrisias e máscaras, aos cansativos e vazios eufemismos, aos irritantes ‘ficar em cima do muro’, são capazes de exercita-la e aperfeiçoa-la sendo que, para tanto, mister ter aprendido enxergar-se sem entremeios e outros expedientes.

Infaustamente, o que assistimos, diuturnamente, no cenário das religiões, seitas e comunidades e grupos espirituais ou algo que o equivalha é exatamente o oposto. Fala-se bastante, com uma falsa calma, paz-ciência e elevação. Floreada e abundantemente são exarados pomposos discursos de bem agir (caridade, amor, fraternidade, Deus, etc) quando, na prática, a melodia executada por estas pessoas é bem diferente.

São pessoas cujo falar, pensar e/ou sentir destoam, se contrapõem frontalmente ao agir diário. Diga-se, o disfarce que os mantém na roda viva de ‘maya’, consistente ou não, é o status de serem membros, integrantes disto ou daquilo. Hão de concordar, é exatamente nos meios ditos ‘espiritualizados’ onde mais encontramos esta gama de pessoas, sejam egos inflados por um grave complexo de inferioridade, sejam pessoas, realmente mal intencionadas, ainda afeitas a se alimentar de densidades e sombras.

Em verdade, é notório que não é necessário pertencer a esta ou aquela religião, a este ou aquele segmento, seita, grupo ou comunidade para, com sinceridade e clareza de propósito, se apresentar e se oferecer ao Serviço Divino, tanto que, o que constatamos nestes tempos hodiernos é que estão a proliferar, pela Graça Divina, aqueles servidores ‘solitários’ e ‘silenciosos’, trabalhando discretamente sem alardes já que não buscam louros e reconhecimento, apenas servem por amor ao serviço.

Servir ao Propósito Divino é uma decisão consciente de cada um, que há de ser ratificada dia após dia. Para tanto, não há necessidade de intermediadores ou agenciadores. Com Deus Pai/Mãe não são feitos negócios, apenas nos entregamos, nos apresentamos e nos oferecemos e pronto, feito está, sendo que, a Coerência é condição sine qua non para tal, traço intrínseco e requisito essencial para aquele que, sinceramente, serve a DEUS. É uma escolha que determina o seguir em uma estrada de mão única, em direção ao infinito onde, não há que olvidar, o saber, verdadeiramente, enxergar-se é a semente que desencadeia todo este processo.

M. 

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