EU SANGRO, SANGRO E SANGRO QUASE
ATÉ MORRER-ME
MAS NINGUÉM SE APERCEBE.
CHORO, COPIOSAMENTE, EM UMA INVISIBILIDADE DE
LÁGRIMAS
QUE ESCORREM POR DENTRO DA ALMA E
ME AFOGA.
NINGUÉM NOTA.
UMA FEBRE ME ASSOLA E CONVULSIONA
MEU RITMO.
ARDO-ME INTEIRA.
TUDO É POR DEMAIS DOLORIDO.
NINGUÉM OBSERVA.
E SANGRO DE UMA ANGUSTIANCESTRAL
VELHA CONHECIDA SAZONAL
QUE ME CHEGA E ME DEVORA E ME
CONSOME
COM SEUS ÁCIDOS CRUEIS E MENEIOS
IRÔNICOS.
TUDO UMA SINFONIA MALDITA
QUE ME MALTRATA E ME AGITA TANTO
QUE ME FAZ CONGELAR,
HIBERNAR,
DESFALECER,
DESESPERAR.
NINGUÉM SE DÁ CONTA
APENAS ME VÊEM POR FORA
UMA MULHER FORTE,
SEMPRE DE PÉ
ENQUANTO POR DENTRO
ESTOU AOS CACOS,
FRÁGIL, ENTRICHEIRADA,
EXAURIDA,
CABISBAIXA,
APAVORADA,
ESTÁTICA E AJOELHADA.
M.
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