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MINHAS MEMÓRIAS
NÃO CABEM NA HUMANIDADE TERRENA
QUE MAIS PARECE UMA COLMEIA EM
DESACERTO
COMO ABELHAS RAINHAS LOUCAS
GUERREANDO PELO PODER
OU PELA SUA MANUTENÇÃO
ÀS CUSTAS DAS OPERÁRIAS E ZANGÕES,
DA MARGINÁLIA MASSA DE MANOBRA.
SERES AUTOMATOS, ALIENADOS DE SUAS
ORIGENS,
DE SUAS EXPRESSÕES PURAS DO ‘EU
SOU’
DE SUA DIVINDADE PLENA.
MINHASAS SE CANSAM DE TANTO CRUZAR OS
CÉUS
QUE SE TENHA ENCONTRADO EM SI MESMA.
MEU OLHAR CANSADO
APENAS ENXERGA SERES RASTEJANDO,
ROTOS E ESFARRAPADOS
TRAVESTIDOS EM TERES E PODERES
DE UMA ILUSÃO OBSCENA.
MINHAS MEMÓRIAS ACESAS
BUSCAM POR SERES GENTIS
NESTE ORBE DE NAÇÕES EM GUERRAS SILENCIOSAS
MOVIDAS POR UM INVISÍVEL CAPITAL
PLÁSTICO
QUE COMANDA OS PASSOS
DE TOLOSERVIS.
MEU CORAÇÃO NÃO CABE NOS SENTIMENTOS
DOS HOMENS.
TENSOS, RÍSPIDOS, PLURÍMOS,
DETIDOS.
TUDO UMA MIRAGEM ESQUISITA
QUE ME ACOMPANHA
E ME DEIXA AFLITA.
AINDA QUE TENHA A MÃE TERRA A
NATUREZA E OS ELEMENTAIS
A ME ENVOLVEREM DE UM GOSTO DE
BRANCA NUVEM PAZ.
M. 
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