Meu Japamala,
está ali, quieto e silencioso
como meu
espírito.
Estamos
invernando sob a chuva e o frio imobilizador.
Àguas descem
abundantes pelas avenidas do céu.
Não há vôos,
apenas asas molhadas,
descoloridas, encolhidas,
buscando, sem êxito, aquecer meu corpo gelado.
Não há fala, não
há música,
apenas um vazio que se alastra
e me deixa
sonada.
Não há dor ou tristeza,
não há qualquer sensação
além do nada
pelo nada.
Estação que irá
passar, quando o meu sol retornar
da viagem que
fez em direção ao mar cinzento.
M.
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