quarta-feira, 11 de julho de 2012

O EU SOU DE CADA UM



Vi rostos invisíveis passeando através da janela do meu carro.
Faces muitas, múltiplas, respirando brisa marítima.
Facesquescidas, lembranças detidas, ombros arqueados, outros eretos e latos.
Corpos velozes, outros senis, cruzando, alvoroçados, as ruas.
Tantos perdidos em valesquálidos, poças que a chuva deitou no asfalto.
Andantes despidos de musicalidades,
Absortos em seus sustenidos urbanos, desafinados em  um ritmo que desconheço.
Meras convulsões de uma cidade que subvive sem se saber.
Deixo meu carro e passo a caminhar por estas ruas, em meio as pessoas.
Meu coração aberto, sol-riso no rosto e gentileza no tratar.
Aos poucos, começo a ouvir, ao longe, acordes sendo dados em harmonia.
A quem me dirijo, ofereço a ancestral musica que há em minha’lma.
Tudo parece mais claro, meus sol/risos tocam os lábios dos andantes, 
juntos desenhamos uma pluralidade de pequenas magias.
Há que ser doce e gentil, há que oferecer o melhor que existe dentro de nós,
mesmo que não estejamos assim tão bem.
Esta é a verdadeira alquimia
Vibrar em freqüências mais elevadas, mesmo que tudo se manifeste hostil.
Um dia, todos saberão que não há separações, dicotomias ou fragmentos
Pois somos todos UM só corpo energético de LUX
Como que hemácias cristalinas, suavemente, 
correndo nas artérias do infinito Coração de nosso Grande DEUS.

M. 

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