sexta-feira, 11 de maio de 2012

HOMENS, OS PROTAGONISTAS E AS MULHERES AS COADJUVANTES?



Desde minha mais tenra idade, sempre observei com criticidade o porquê de em quase toda a história da humanidade (e aqui vou me referir tão somente ao continente religioso) o ‘homem’ sempre ter desempenhado o papel central, o papel de realce em, absolutamente quase tudo. Não pretendo aqui, em momento algum, discorrer exaustivamente, mas apenas fazer um breve resumo com o único objetivo de que compreendam que há muito mais do que propalam religiões, seitas, canalizações, leituras, etc.

Exempli gratia: Vamos incursionar um pouco na Bíblia. Deus é uma palavra masculina e a ele a grande maioria sempre o tratou como PAI. Criou, segundo os textos selecionados para comporem a Bíblia, primeiro ADÃO e, da costela do mesmo, a coadjuvante EVA, e diga-se, aquela que desvirtuou o pudico ADÃO. Vamos adiante, há os profetas, NOÉ, DAVI, SALOMÃO, ETC. Depois, JESUS, O FILHO DE DEUS (Não foi uma filha) e SEUS DOZE DISCÍPULOS, todos ‘homens’ e sempre a 1mulher’ em segundo plano, a sempre coadjuvante a vislumbrar, pasmada e subservientemente, o ‘PROTAGONISTA’ (o ‘homem’). Até na hierarquia angelical os grandes serafins, querubins, tronos, principados, potestades, virtudes, dominações, arcanjos e anjos TODOS COM NOMES E IMAGENS MASCULINAS (Miguel, Rafael, Gabriel, Samael, Ezequiel, etc).

Obvio, vão me corrigir dizendo que tudo isto é reflexo de toda uma história, em sua grande maioria, erguida sobre os alicerces de um patriarcalismo (com matizes profundamente ‘machistas’), que desde os tempos imemoriais, aqui se desenhou pela detenção do poder através da força física (época da barbárie, se é que ainda não estamos vivendo na mesma).
No jogo do xadrez, todas as peças giram em torno da proteção e manutenção do seu ‘REI’ e a dominação do ‘REI’ inimigo. Mesmo que a DAMA seja capaz de realizar quase todos os movimentos (menos o da cavalo – animal), deve apenas agir em defesa do REI, junto com peões, bispos, torres e cavalos.

Em verdade, toda a nossa construção societária se dá nestas bases ‘fálicas’. É o poder do ‘falo’ arraigado, institucionalizado, cristalizado desde os tempos imemoriais. Até em nossa gramática constatamos, escancaradamente, o domínio do masculino sobre o feminino, afinal, quem engloba é sempre o artigo ou o pronome masculinos.

Na grande confederação, são os Comandantes (Asthar, Emmanuel, etc) não havendo menção a qualquer mulher comandando uma grande frota estelar.

Com relação a grande maioria das religiões, seitas, orientações filosóficas e teosóficas, também se repete o mesmo crasso modelo. Pior, ainda apregoam que aqui é uma projeção das organizações e hierarquizações de planos mais superiores.

Estaremos nós, ‘pobres’ (SIC) ‘mulheres’, apenas destinadas ao papel de coadjuvantes enquanto os ‘homens’ sempre reluzem em seu protagonismo? Até a psiquiatria e psicologia se baseiam no poder do ‘falo’ onde as mulheres são definidas pela ausência. Ora, porque não mudar o referencial e definir os homens pelo excesso?
É tudo ainda bastante perfunctório, primário aqui nesta nossa densidade, onde, infelizmente, por detrás de cada noção, de cada conceituação coexiste uma proposital distorção para a manutenção de um status quo arcaico e já há muito apodrecido.

Não há aqui qualquer preconceito com relação aos ‘homens’, apenas um total desconforto causado por estas manobrasombrias, a superestimar os ‘homens’, subestimando as ‘mulheres’ (seres aqui encarnados nestas roupagens de yin ou yang).

Não acredito que os planos superiores comportem essa reprodução míope de um mundo dividido entre protagonistas e coadjuvantes, separatista, fragmentário, distorcido. Somos todos, estando aqui hoje como mulheres em homens, ENERGIAS CO-CRIADORAS,  FILHAS E FILHOS DE DEUS QUE É PAI E MÃE AO MESMO TEMPO, TECENDO OS INVISÍVEIS FIOS DE UM MESMO ‘CORPO’ DIVINAL. SOMOS TODOS UM (SE PERMITISSE A GRAMÁTICAS: SOMOS TODAS UMA), SEM LAÇOS, LIAMES, GRILHÕES OU ALGEMAS ILUSÓRIAS.

Reflitam sobre isto.

Estejam na pax, na lux et poesia’lmica cósmica.

M. 

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