terça-feira, 11 de setembro de 2012

"ARQUIVOS ARQUEOLÓGICOS VII"



14 . SENTIDO EXISTENTE


Não caminho no mundo
Porque me deram vida.
Caminho a terra
Porque me deram ser em almas
Porque fui  feita para sorver
As dores do compêndio (des)humano
Fui feita para me ver
Morrendo no todo, nascendo do nada.
Lutando sem poder
Contra ferida que em mim tece em mortes.
Sou assim,
Luz que se apaga e grita
Atada ao leito encarnatório
Das vidas futuras que me espreitam. 
Um dia quando tudo parecer findar
Merecerei a vida que não me deram
Neste ciclo de nascer e fluir
Ilesa nas larvas viventes.                         





15. ENCONTRO


Nasci em um distante lugar.
Caí em grades invisíveis,
Jorrante de poesias.
Dentro de uma garrafa
Fiz-me
Gênio inexistente
Sem feitiços
Caí em praias silentes
Acharam-me
Para a liberdade,
Pura Vontade.

M. 

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